Descrição do 'Pérolas Cristãs'

Blog destinado a discutir assuntos relacionados aos Cristianismo e sociedade em geral.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

O que eu perguntei acerca do Tabaco

Agradeço ao irmão Mário por se ter disponibilizado, a escrever um artigo para esclarecer a minha dúvida acerca do Tabaco. Artigo colocado originalmente no blogue "Cristão CCB".
Resposta do Mário Torri:Caro Fernando, e demais leitores que a paz e o amor de Deus, por Jesus Cristo, seja em vossos corações!


Visto que o cigarro/tabaco é uma droga licita (legal / autorizada) e que causa dependência, iniciarei este estudo abordando primeiramente o que vem a ser o vício.


Segundo o dicionário, algumas definições para vicio são:
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Defeito físico e moral
Deformidade, imperfeição
Falta, defeito, erro
Costume censurável e/ou condenável
Tendência habitual para o mal.

Pesquisando na minha Bíblia de estudo Thompson (Almeida Contemporânea) e também nas versões da SBB (Sociedade Bíblica do Brasil) não há nenhuma citação na Bíblia que se refira ao cigarro em especifico.


Para o cigarro eu adoptaria a mesma postura que tenho para com o álcool, ou seja, sempre que me perguntam sobre o álcool, digo que o álcool é uma droga que vicia, mata e destroi famílias. A única diferença que vejo entre o cigarro e a bebida é que o tabaco é menos maléfico para a família, e atinge principalmente o individuo que faz uso deste tipo de droga, excepto se o fumador não respeitar os não fumantes durante o ato de fumar.


Quando lemos os 10 mandamentos, revelados por Deus à Moisés, citado no livro do Êxodo capítulo 20, explicitamente somos esclarecidos sobre aquilo que não devemos fazer, honestamente, na Bíblia não há nenhum mandamento do tipo “Não fumarás”, mas isto não significa que os cristãos estão liberados, é a aquela história que conhecemos bem: “todas as coisas são licitas, mas nem todas as coisas convêm” 1º Corintios 6:12.


Se o tabagismo fosse algo benéfico não sofreria tantas restrições por parte dos governos no mundo todo. Recentemente o governo do Estado de São Paulo criou uma lei que restringe o fumo em determinados ambientes, com isso, a atividade de fumar tornou-se algo anti-social, como vimos no inicio deste texto, uma das definições de vício é “tendencia para o mal”, e a Bíblia que para nós cristãos é a Palavra de Deus e única regra de fé e conduta nos diz: “abstende-vos de toda aparência do mal” 1 Tessalonicenses 5:22.


Suponhamos que fumar não seja um pecado, mesmo assim devemos evitar, pois, nós que almejamos ser a luz do mundo devemos servir de exemplo tanto aos crentes quanto aos não crentes, e isso é um tanto complicado se moralmente somos passíveis de censura por causa do fumo, e a censura passa a existir efetivamente a partir do momento em que as pessoas/governos passam a encarar o ato de fumar como algo anti-social.


Digamos que um cristão faça uso moderado do cigarro, em minha opinião, ainda assim ele está dando um mau exemplo, pois, está fazendo uso de algo que é nocivo a si mesmo e a terceiros.


Não nos esqueçamos também que as crianças imitam os adultos, e o tabagismo é um péssimo comportamento para as criaças imitarem, principalmente, porque faz mal para saúde. Aliás, nosso corpo é o templo do Espírito Santo (1° Coríntios 6:19), se diariamente lançamos mão de coisas que sabemos que afetam a saúde do nosso corpo, nos matando a cada tragada, estaremos também a cada tragada destruindo nada menos que o templo onde habita o Espírito Santo de Deus.


Não sei se agora estou sendo muito radical, mas vejo desta forma: o fumante é um suicida que se mata a cada tragada, e ao mesmo tempo é um homicida porque envenena as pessoas que estão a sua volta a cada emissão de fumaça através sua boca ou nariz.


Reflita comigo: os suicidas e homicidas herdarão o Reino dos Céus?


Jesus deu sua vida na cruz para que através do derramamento de seu sangue o homem fosse livre, um viciado não tem controle sobre seu vicio, portanto, torna-se escravo do seu vício. Acho que aqui cabe a outra metade do versículo de 1º Corintios 6:12 que poucos citam/conhecem, vejamos: "Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas"



Não sou dono da verdade, muito menos é esse texto a verdade absoluta, longe de mim parecer ser um juiz que condena ou absolve os irmãos e irmãs fumantes.


No mês de julho estive na “Exposição Corpos” (Link) no Ibirapuera / SP, tive a oportunidade de ver de perto, ao vivo e a cores, um pulmão de um fumante e um não fumante, lado a lado. É algo feio de se ver.


Imagino que não seja fácil se livrar de um vicio, mas hoje em dia, só é fumante quem quer, existem muitos métodos de se livrar do vicio do cigarro, inclusive, muitos desses tratamentos estão disponíveis no sistema publico de saúde.


Ocorreu-me algo na mente agora, nem ia escrever, mas fica como uma dica minha para os irmãos e irmãs fumantes que desejam parar de fumar, façam o seguinte: pegue seu maço de cigarros e com uma tesoura corte os cigarros ao meio, assim, mesmo você fumando a mesma quantidade de cigarros por dia estará fumando apenas metade do que está habituado, com o tempo diminua a quantidade de cigarros ou o comprimento deles.


Aos fumantes eu aconselho que roguem a Deus, e que também se esforcem para se livrar do vício, afinal, isso será bom para você mesmo. Seu corpo e sua saúde agradecem.


Aos que nunca fumaram eu diria: Evite a primeira tragada!


Nota: "Chupeta do Diabo" é o nome dado ao cigarro por organizações como a OMS (Organização Mundial de Saúde).

Fraterno abraço,


Mario


*ESTE TEXTO FOI CRIADO PARA TENTAR ESCLARECER A DÚVIDA DE UMA PESSOA EM ESPECIFICO, MAS DEVIDO A IMPORTANCIA DO TEMA REPLIQUEI O TEXTO AQUI, POR ISSO, ELE RECEBE A MARCAÇÃO DE "CONSULTÓRIO CRISTÃO CCB".

O Testemunho do Irmão Domingues de Sá

No ano de 1910 fui para o Brasil, buscando uma vida melhor, porém não pensando na minha alma, fui, ao contrário do que pensava, desprotegido pela sorte, nunca juntando qualquer riqueza. Cheguei a abandonar a família e por ela ser abandonado. Nos fins do ano de 1914, estava a trabalhar no estado do Paraná numa Olaria e me vi desanimado no mundo e sem saber da família e sem a família saber de mim, não sabiam sequer se eu era vivo ou morto; então, pela primeira vez me ajoelhei e com os olhos postos no alto, proferi essas palavras: "Ó Deus, tem mesericórdia de mim, tu sabes que eu ando no mundo sem alegria, não sei da minha família, nem a minha família sabe de mim, conheces o meu sofrimento neste mundo, e, se depois de morrer ainda o sofrimento, tem mesericórdia de mim, salva a minha alma, dá-me uma luz para eu me salvar!"; chorei muito aos pés do Senhor, mesmo sem o conhecer, mas tudo aquilo passou e eu esqueci-me desse episódio, porém o Senhor não se esqueceu, porque o meu nome já estava escrito no livro da vida. Passado quase um ano, o Senhor fez saber por revelação a um servo em S.Paulo para ir ao Paraná, não sabia o que ia fazer, nem para onde ia, porque o Estado do Paraná é muito grande. O servo não duvidou e obdeceu ao Senhor; se meteu no comboio e andou muito tempo, mas era mais longe do que ele pensava, e se lhe acabou o dinheiro, teve de sair com o propósito de naquele lugar arranjar trabalho, e depois continuar a viagem para o Paraná, pois o Senhor o mandava. Quando desceu do comboio, passeava na estação, sem conhecer nada, mas, passado um momento, chegou-se a ele um senhor e lhe disse estas palavras: "Então o senhor vai passear?"; e ele lhe disse:"Tenho que ir ao Paraná, mas o meu dinheiro acabou-se e tenho que ficar por cá até conseguir algum dinheiro para prosseguir viagem". Então o homem lhe dirigiu estas palavras: "Venha comigo, que eu lhe pagarei tudo, e o senhor ficará a trabalhar na minha fábrica até que me pague as despesas que eu fizer por sua conta. E depois você irá para onde tiver que ir". O servo de Deus olhou para esse senhor e logo ouviu uma voz que lhe disse "Vai.". E ele foi.
Quando chegou ao Paraná, esse homem era o meu patrão levou o servo de Deus ao pé de mim, e falou para o encarregado: Este homem estava na estação tal (e citou o nome), vinha para o Paraná, mas não tinha dinheiro para prosseguir a viagem. Agora vai trabalhar nesta fábrica até pagar o que me deve e então poderá ir para onde quiser. Esse homem, servo do Deus altíssimo trabalhou e quando chegou à noite, foi dormir junto conosco e estavam várias pessoas no mesmo quarto, antes de dormir ele se ajoelhava e nós ficavamos todos admirados, porém ele não falou nada. Na manha seguinte ele pegou na bíblia sagrada e disse:"Estou aqui a trabalhar para pagar o que gastei, mas o Senhor nosso Deus não me mandou aqui para trabalhar, mas para anunciar a vida eterna."; e começou por dar testemunho da obra de Deus, todos recusavam, mas eu mostrei-me interessado em o ouvir, o Senhor me fez conhecer que era a verdade e depois eu fui para o mato, ajoelhei-me e disse para o Senhor:"Senhor, se esta é a verdade faz-me a conhecer, Tu sabes que eu sou homem pecador." Naquele momento o Senhor falou comigo:"Não me pediste uma luz, quando te ajoelhas-te no teu quarto? Eias a luz!"
Então me recordei da oração que tinha feito no meu quarto, quando estava aflito, chorei amargamente e pedi para ser batizado. Então o servo de Deus disse que era melhor eu ir para S.Paulo, pois nesse lugar eu estava sozinho e era muito longe. Passado poucos dias, o Senhor mandou esse seu servo de volta para S.Paulo e este disse-me a direcção e partiu. Então eu percebi, que esse homem tinha sido mandado por Deus, porque andou 3 dias de comboio, 10 léguas a pé, só para salvar a minha alma. Fui batizado em 1915 e permaneci em S.Paulo até 1918. Fui batizado com a promessa do Sspírito Santo e recebi o dom da Palavra, porém eu não sabia ler, então eu comprei um livro com as primeiras letras e pelas figuras que tinha a indicar as palavras eu fui aprendendo aos poucos, e ajoelhando-me com esse livro na mão fui pedindo ao Senhor que me ajudasse a aprender a ler, e aos poucos fui conseguindo soletrar as palavras. Passado muito tempo, Deus mandou-me para o Estado do Mato Grosso, ali sofri muita perseguição, estando preso 3 dias (comendo apenas uma refeição diária). O delegado daquela região falou-me que eu tinha de sair de lá, fosse como fosse, e se eu não saísse a bem, ele tinha coragem de me agarrar ao rabo de um animal e despedaçar-me pela rua.
Porém eu resisiti, somente obedecia ao Senhor, mas o povo pressionava tanto o delegado que ele se viu aflito e um dia ele ouviu a Santa Palavra de Deus e aí fomos libertados. Ele mesmo mandava manter a ordem e uma vez que eu ia antender ao serviço divino tinha vindo muita chuva e um riu encheu tanto que a passagem estava impedida, muita gente queria passar e não podia, mas eu ia antender a obra de Deus, andei bastante na margem do rio e num certo lugar vi uma árvore caída atravessando o rio, naquele momento orei ao Senhor e Ele falou em meu coração "atravessa". Eu tirei os sapatos e toda a roupa que trazia vestida e atei-a ao pescoço e de ramo em ramo alcançei a outra margem, quando o outro povo que me viu do outro lado, todos ficaram admirados.
Passado algum tempo, fui de novo para S.Paulo e num certo dia eu saí cum um irmão, e o irmão ia a cavalo e eu ia com o animal pelas rédeas e o irmão que ia em cima do cavalo disse-me: "Irmão Dominguez não sente falta da sua família."; e eu respondi: "Tem-me lembrado muito, e quando eu estava na prisão, o Senhor falou-me que o meu sofrimento era maior do outro lado." E o irmão respondeu-me "é preciso orar ao Senhor a esse fim". Oramos com uma porção de irmãos e o Senhor confirmou o meu regresso a Portugal em 1920. Quando regressei a Portugal, procurei a minha família e logo começei a anunciar a Obra de Deus que ninguém conhecia e a perseguição logo começou. Chamaram-me de tudo o que era mau, mas fui resistindo com paciência e a minha família dava mais crédito às coisas de Deus então continuei, o meu filho acompanhava-me.
Um dia esperaram-nos e fomos brutalmente agredidos. Cheguei a casa todo ensaguentado, a minha esposa gritava que queria justiça, mas eu esperei no Senhor. Eu era muito pobre e tinha que trabalhar muito, mas por causa da Obra de Deus, só me davam trabalhos que os outros não queria fazer, fui despojado por todos, chegaram-me a querer amarrar a um carro com um animal. Deixei o trabalho e fui para casa e orei ao Senhor, a minha família que gostava das coisas de Deus se afastou e fiquei esperando na graça de Deus.
No ano de 1924 voltei para o Brasil, e o Senhor revelou aos irmãos em S.Paulo que eu me encontrava em tribulação e no ano seguinte regressei a Portugal. Vim para a cidade do Porto e trabalhei na agricultura, procurei um irmão que tinha na cidade e encontrei-o, mas ele quase não me falava por causa da Obra de Deus, continuei a visitá-lo e um dia almoçamos juntos lá em casa. Minha cunhada encontrava-se possuída por espíritos, o meu irmão tinha tentado de tudo e ele encontrava-se cada vez pior. Eu falava-lhe da obra de Deus, mas ele ria-se e não acreditava, mas eu com paciência sempre lhe dizia que o Senhor podia libertá-la, mas quando íamos orar para o almoço, o Senhor me deu de lhe falar: "Vou pedir a Deus por ti, para libertar a minha cunhada", mas ele respondeu-me:-Já corri tudo, bruxas, benzedeiras, padres e ninguém a curou e tu vais curá-la agora?. Eu não, mas o Senhor. -respondi-lhe. Quando nos ajoelhamos Deus me deu uma oração com tanta força do Espírito Santo que se ouviu um estrondo, como se a casa se tivesse partido e a minha cunhada ficou caída em terra e foi libertada por completo.
E assim começou a obra de Deus em Portugal, quando o meu irmão e o meu cunhado obdeceram ao mandamento de Deus. Deus começou a juntar o povo, embora pouco e alugamos um pequeno sobrado para nos reunirmos, nessa altura eramos 3 ou 4 almas. O Senhor preparou-me também um emprego melhor onde dispunha de mais tempo. A perseguição começou a endurecer cada vez mais, jogavam pedras às janelas, partiram vidros, caixilhos e as pedras caíam lá dentro, mas sofriamos com paciência, passados alguns anos já havia um grupozinho. Alugamos uma casa maior e o Senhor nos abençoava grandemente, embora a guerra fosse dura, mas o Senhor nos abençoava. Mas aí, veio o lobo para o meio do rebanho. Eu tinha pouca experiência e veio um "suíço", Daniel Berg da Assembleia de Deus, como ovelha humilde eu dei-lhe entrada começando a trabalhar conosco, mas de caso pensado começou logo a estragar a obra de Deus. Tinhamos casa, bancos, livros, mas tudo, de pouco a pouco passou para o seu nome. Fez tudo bem feito e depois deixou de vir aos cultos.
Nesse tempo, o Senhor atendeu ao meu clamor, que Lhe pedia que me enviasse um servo que me ajudasse no serviço ministerial, ele chamou o meu filho Albino, quando eu pensava que era o Daniel Berg, mas esse era o lobo, quando o Senhor preparou o meu filho Albino para me ajudar e eu pensava que a obra de Deus crescia, mas aconteceu o contrário pois o lobo devorou o rebanho, ficando com tudo (casa, bancos, livros etc) e ele respondeu-me que tudo o que ali estava era dele. Então, eu chorei aos pés do Senhor e disse que todo o meu esforço estava reduzido a 5 irmãos, sem casa, sem livros, sem bancos etc. Voltamos para o mesmo sobrado, sem vidros nem caixilhos e clamando a mesericórdia do Senhor, então Deus mandou para o nosso meio, 2 irmãos vindos do Rio de Janeiro que muito nos alegraram, Jesus da Silva Moreira e José Maria Simões, permaneceram concosco algum tempo e nos conformaram grandemente.
Logo, o Senhor revestiu o meu filho com o dom da Palvra, que já me auxiliava bastante. O Senhor começou a chamar mais povo, alugamos outra casa, mas moveu-se novamente uma grande perseguição contra a obra de Deus, então o meu filho já estava na frente pois trabalhava muito longe. Ele foi apedrejado e arrastado e impedido de reunir pelo barulho que faziam, mas fomos sofrendo com paciência até à vitório. Agora o Senhor tem chamado mais servos e a Obra de Deus tem crescido e a minha carreira vai terminando, mas a Obra de Deus continua, lutei até ao fim, agora espero o que o Senhor me reservou lá no céu.
Glória a Jesus Cristo! Aleluia!
1ºAncião Português Falecido em 17/12/196X
Domingos de Sá.